29/05/13

Mia Couto vence Prémio Camões



Mia Couto, autor de "Jesusalém" e de "O Último Voo do Flamingo" e que venceuesta segunda-feira a 25.ª edição do Prémio Camões, estreou-se com um livro de poesia, publicado há exatamente 30 anos.
"Raiz de Orvalho", a obra, surgia então contra a corrente da poesia militante e panfletária, que marcava a época, depois de os primeiros textos do escritor terem já aparecido em duas antologias de autores moçambicanos, marcados pela tradição e a memória cultural do continente, e pelo "falinventar" português, de que o escritor fez a sua assinatura.
Mia Couto "é um elo vivo de toda a tradição portuguesa e de todo o espaço da língua portuguesa", disse o pensador Eduardo Lourenço no final de 2011, quando o autor de "Cronicando" foi distinguido com o Prémio que leva o seu nome. "Merece qualquer espécie de prémio", disse então Eduardo Lourenço.


Mia Couto "é um elo vivo de toda a tradição portuguesa e de todo o espaço da língua portuguesa", disse o pensador Eduardo Lourenço no final de 2011, quando o autor de "Cronicando" foi distinguido com o Prémio que leva o seu nome. "Merece qualquer espécie de prémio", disse então Eduardo Lourenço.
António Emílio Leite Couto, Mia Couto, nasceu em 1955, na Beira, numa família originária de Portugal. Em 1971, iniciou os estudos de Medicina na antiga Universidade de Lourenço Marques, atual Maputo, associando-se então à Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
Depois do 25 de Abril de 1974, interrompeu a formação, para trabalhar como jornalista, primeiro em A Tribuna, com Rui Knopfli, depois na Agência de Informação de Moçambique, que dirigiu. Seguiram-se a revista Tempo e o Notícias, até 1985, quando ingressou na Universidade Eduardo Mondlane, onde se formou em Biologia e onde é atualmente investigador e professor de ecologia.
Após o primeiro livro, seguiram-se, entre outros, "Tradutor de Chuvas", também de poesia, "Vozes Anoitecidas", livro de contos com que se estreou na ficção, a que se sucedeu "Cada Homem é uma Raça", "Estórias Abensonhadas", "Contos do Nascer da Terra", "Na Berma de Nenhuma Estrada", "O Fio das Missangas".








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